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Em 1824, Schubert, então com 27 anos, acabara de passar por uma grande crise, devido à anemia e a um transtorno nervoso resultante da sífilis e de seu tratamento com mercúrio, venenoso, mas usado na época.
Depois dessa fase, já bem melhor, ele começa um dos períodos mais produtivos de sua vida, do qual resultam dois de seus melhores quartetos de corda: o Quarteto nº 13 – “Rosamunde” e o Quarteto nº 14 – “A Morte e a Donzela”. É este último que vamos apresentar em seguida.
Seu primeiro movimento, Allegro, começa com um gesto dramático, que leva a um verdadeiro frenesi, até que a música pausa e começa um segundo tema, uma melodia terna e lírica, mas que em breve se torna áspera e desesperada. Na coda (final do movimento), o andamento se acelera, mas depois se dissolve em desesperança.
O segundo movimento, Andante com moto, usa o tema de sua canção Der Tod und das Mädchen (A morte e a donzela). A palavra Tod (morte) é masculina em alemão. A canção narra o convite sedutor e tranquilizador do mensageiro do além a uma donzela aterrorizada. Sobre este tema fúnebre, Schubert desenvolve cinco variações.
O Scherzo, agitado, sincopado, traz de volta o clima do primeiro movimento.
O final, Presto, diz um comentarista, é um galope noturno em tom menor, que prossegue quase sem respiro até os acordes finais, brutais do Prestissimo da coda.