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No outono de 1830, Mendelssohn, então com 21 anos, visita a Itália, destino tão almejado por muitos viajantes alemães. Lá fica dez meses e conhece várias cidades – Milão, Florença e Nápoles, entre outras.
Mas sua base é Roma e é num quarto ensolarado que dá para a Piazza di Spagna que escreve a maior parte de sua Sinfonia nº 4, a Italiana.
A obra é um hino de louvor à terra onde os limoeiros florescem, onde o clima é mais ameno e as pessoas mais tolerantes.
O Allegro vivace inicial é uma torrente de alegria, de alto astral, de graça e de leveza que tem poucos paralelos na música.
O movimento lento, Andante con moto, tem uma curiosa semelhança com o movimento correspondente da Sinfonia Haroldo na Itália, de Berlioz. Uma procissão inspirou os dois compositores. Berlioz é explícito e chama a peça de Marcha dos Peregrinos cantando a Oração da Tarde. No caso de Mendelssohn, os elementos de canto e de marcha estão também presentes.
O terceiro movimento é um Minueto com um Trio que prenuncia a música dos bosques encantados do Sonho de uma Noite de Verão.
O Presto final é um saltarello, dança popular italiana muito rápida, mas interrompida por pulos súbitos, tal como sugere seu nome.
Mendelssohn – Sinfonia nº. 4 em Lá Maior, Op. 90 – “Italiana” | Riccardo Muti rege a New Philharmonia Orchestra