CONTATO
Entre em contato conosco.
O reconhecimento de Stravinsky vem de muitas obras que escreveu ao longo de sua carreira. As mais populares, certamente, são as que ele compôs para três balés, antes da Primeira Guerra Mundial: O Pássaro de Fogo (1910), Petrushka (1911) e A Sagração da Primavera (1911-1913), encomendadas por Sergei Diaghilev, fundador e diretor dos famosos Ballets Russes.
A música de Petrushka faz parte da fase neoclássica do compositor. Muitas das melodias se baseiam em canções folclóricas russas. Algumas são “emprestadas” de outros compositores – o solo de flauta do mágico, por exemplo, vem de um concerto para flauta de Carl Maria Von Weber.
Stravinsky usa ritmos complexos e andamentos que mudam continuamente. O coreógrafo Fokine reclamou dos ritmos e da variação de andamentos, dizendo ser difícil sincronizar com os passos de dança: “Estas mudanças de ritmo sem necessidade são como se colocássemos uma trave na roda do dançarino”.
O balé
Petrushka (Pedrinho) é uma espécie de Arlequim russo: um boneco de palha com o corpo feito de um saco de serragem. No balé, ele é um dos personagens de um teatro de marionetes, juntamente com uma bailarina e um mouro.
A história é dividida em quatro tableaux ou cenas. O primeiro tableau mostra a Feira de Carnaval de São Petersburgo, no início do século XIX, onde vários grupos de artistas se apresentam, inclusive de circo.
Um mágico encena um pequeno teatro de marionetes. Uma cortina se abre e revela os três bonecos, que ganham vida e dançam em seus eixos quando o mágico toca sua flauta.
Então, em um passe de mágica, os bonecos saem de seu palco e dançam no meio do povo.
Veja cenas do balé, em que o personagem Petrushka é interpretado pelo dançarino russo Rudolf Nureyev: