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As Fantasiestücke, Op. 73, têm uma história interessante. Inicialmente chamadas de Soiréestücke (Peças de Soirée), Schumann alterou depois seu título para Fantasiestücke (Peças de Fantasia).
Ele, aliás, foi o primeiro compositor a dar esse título a uma obra, adotado de um de seus autores preferidos, E.T.A. Hoffmann, e escrevendo ainda três outras peças com o mesmo título, duas para piano solo e uma para piano trio.
Schumann compôs as Fantasiestücke em apenas dois dias, em um surto de inspiração, uma revêrie traduzida em música. Aliás, a palavra fantasia sugere aqui, além de revêries (sonhos), mudanças súbitas de humor, traços típicos da personalidade do compositor.
Originalmente escritas para clarineta e piano, Schumann indicou, no entanto, que a parte da clarineta poderia ser executada também por uma viola ou um violoncelo.
Seus três movimentos são:
I. Zart und mit Ausdruck (Terno e expressivo): o começo é sonhador, um pouco melancólico, mas termina com firmeza e esperança.
II. Lebhaft, leicht (Vivo, leve): como o título indica, a peça é jocosa, alto astral, enérgica.
III. Rasch und mit Feuer (Rápido e fogoso): em tom maior, o final é exuberante e triunfal. Seu ritmo se eleva subitamente a um frenesi de paixão, de uma energia fogosa, alucinada. Schumann anota na partitura: schneller und schneller (mais rápido e mais rápido).
Aqui, a obra é interpretada pelo violoncelista Gautier Capuçon e a pianista Martha Argerich:
E, aqui, ouvimos a versão para clarineta, com Wenzel Fuchs, primeiro clarinetista da Filarmônica de Berlim, e o pianista Narihito Mukeda (o vídeo inclui ainda o primeiro movimento da Sonata Op. 120 de Brahms):