Dmitri Shostakovich

Shostakovich ingressou no Conservatório de São Petersburgo aos 13 anos de idade, graduando-se em 1926 com sua Sinfonia nº 1, Op. 10. A estreia da Sinfonia foi um grande sucesso, sendo apresentada na Europa e nos Estados Unidos. Assim, Shostakovich se tornou famoso internacionalmente aos 19 anos.

Seus primeiros trabalhos foram para o teatro – três balés e duas óperas magistrais: O Nariz e Lady Macbeth de Mtsensk (1936). Stalin foi assistir a esta última, saindo no intervalo. Logo depois o jornal Pravda publica um artigo escrito por Stalin: “Tenha cuidado, Shostakovich”, dizia, em tom de ameaça. As críticas ao compositor se difundiram por toda Rússia.

Shostakovich então mudou o foco de seu trabalho, do teatro para a sala de concerto. De toda sua enorme produção, entre peças sinfônicas, música de câmara e música vocal, destacam-se as 15 Sinfonias e os 15 quartetos de cordas.

Em 1948, Shostakovich foi violentamente criticado e humilhado no Congresso dos Compositores Soviéticos, tornando-se persona non grata. Suas obras foram banidas e ele ficou política e artisticamente isolado.

Em 1960, depois de resistir aos ataques de 1936 e 1948, ele cedeu à pressão e se filiou ao Partido Comunista. Esta capitulação dolorosa lhe causou uma profunda depressão e trouxe ideias de suicídio.

Em seus últimos anos teve graves problemas de saúde e passou longos períodos internado em hospitais e sanatórios, morrendo em Moscou a 9 de agosto de 1975.