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A obra camerística de Francis Poulenc é vasta. Sua Sonata para Flauta e Piano, uma das três compostas para sopro (flauta, clarineta e oboé) e piano, é uma peça breve: o compositor a descreveu como “simples, mas sutil”.
Escrita no inverno de 1956-57 por encomenda da Fundação Elizabeth Sprague Coolidge da Biblioteca do Congresso Americano, a obra foi estreada em junho de 1957 pelo flautista Jean Pierre Rampal, a quem a peça foi dedicada, com o próprio Poulenc ao piano, durante o Festival de Strasbourg.
O compositor a escolheu também para o sexagésimo concerto de suas obras favoritas, em 1959.
A sonata reflete os sentimentos contrastantes de melancolia e alegria de Poulenc. São três seus movimentos:
O primeiro, um Allegro malinconico, é triste, mas a melancolia intermitente é contrastada pela seção central, mais bem-humorada.
O segundo, Cantilena, merece destaque. É um daqueles adágios serenos de Poulenc que descendem de Mozart e Ravel; todavia, o resultado é puro Poulenc, inconfundível. É uma longa canção para a flauta – lenta, porém mais introspectiva do que deprimida.
O final é muito vivo e espirituoso, com referências ao tema principal do primeiro movimento e sua figura rítmica.
Felizmente, há um belo registro em vídeo da sonata interpretada por Rampal à flauta e Robert Veyron-Lacroix ao piano. Ei-lo:
A seguir, apresentamos uma interpretação mais recente da Sonata, com Magali Mosnier, na flauta, e Catherine Cournot ao piano:
E, aqui, a “Cantilena”, com James Galway na flauta, e Phillip Moll ao piano: