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A Cantata BWV 65, escrita por Bach para a festa da Epifania, descreve a viagem dos Reis Magos de Sabá, seguindo a Estrela de Belém em busca do Rei dos Judeus. Eles trazem consigo presentes: ouro, incenso e mirra.
O coro de abertura, Sie werden aus Saba alle kommen (Eles virão todos de Sabá), é uma marcha majestosa e lenta. O comentarista Craig Smith chama a atenção para a sonoridade maravilhosa e exótica da orquestração, com pares de flautas doces, oboés da caccia (de caça) e trompas, além das cordas e contínuo. O som resultante tem um caráter oriental e o ritmo tem uma cadência que Smith chama de “camel music” (música de camelo).
O coral que se segue é austero, despojado. A riqueza dos reis do coro inicial é aqui contrastada com a pobreza do menino Jesus na manjedoura.
A primeira ária, Gold aus Ophir ist zu schlecht (O ouro de Ophir é muito pobre), para o baixo, tem o som escuro de dois oboés da caccia obbligati. Chama a atenção a repetição constante de seu primeiro motivo, dando a impressão de que os instrumentos estão dizendo uns aos outros: “o ouro de Ophir é muito pobre”.
A segunda ária, para o tenor, Nimm mich dir zu eigen hin (Aceita-me como teu, meu Salvador) é uma bela resposta à ária anterior – a dádiva do fiel ao Salvador é o que tem valor. A ária é muito alegre, tem um caráter dançante.
O Aleluia final é modesto e severo em sua orquestração.
Bach – Cantata BWV 65: Sie werden aus Saba alle kommen | Netherlands Bach Society, Hans-Christoph Rademann (regente), Daniel Johannsen (tenor), Matthew Brook (baixo)