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Mozart se supera na Serenata para 12 Instrumentos de Sopro, K361, “Gran Partita”. Uma obra-prima tanto no conteúdo como em suas proporções, a composição é também rica na combinação de instrumentos – dois oboés, duas clarinetas, duas trompas de basset (clarinetas baixo), dois fagotes, quatro trompas e contrabaixo. É uma peça única em sua produção na história da música, afirma um crítico.
Para mim, Mozart é, entre outras coisas, o maior compositor para instrumentos de sopro. E nessa obra ele dá provas abundantes de sua maestria, como na alternância entre o tutti (todos tocando juntos) e os solos. Não há solistas propriamente, mas pequenos grupos de instrumentos que vão alternando. Este jogo contínuo dos timbres dos instrumentos cria sonoridades maravilhosas.
Que motivação teria levado Mozart a reunir tantas riquezas nesta peça? Ele havia acabado de chegar a Viena depois de deixar Salzburgo definitivamente (isto é, de ter levado o célebre “pontapé no traseiro” do intendente do Príncipe-Arcebispo de sua terra natal).
Precisava, assim, apresentar obras de impacto que marcassem sua presença. De fato, a peça alcançou sucesso: um ouvinte da época a chamou de “gloriosa e grandiosa, excelente e sublime”. Paralelamente, existe a possibilidade de que a Serenata tenha sido a música tocada na festa de casamento de Mozart.
A composição se divide em sete movimentos:
Mozart – Serenata para 12 Instrumentos de Sopro em Si Bemol Maior, K361 | Membros da Orquestra do Século XVIII, Frans Brüggen (regente)