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Em 1935, Prokofiev voltou à União Soviética para atender a uma oferta lucrativa de escrever uma ópera ou um balé. Quando aceitou a encomenda do teatro Kirov (hoje Mariinsky), ele estava fora da Rússia desde 1918 e viu a oferta como uma espécie de volta à casa.
Prokofiev tinha considerado primeiro adaptar Tristão e Isolda para o balé, mas concluiu que não podia competir com Wagner. Depois, Pelléas et Mélisande, porém desistiu pelo mesmo motivo, em relação a Debussy.
Com a participação de amigos, o compositor teve então a ideia de fazer uma adaptação de Romeu e Julieta para o balé. Passou o verão em Polenovo (Refúgio dos Artistas) e completou uma versão anotada para piano em quatro meses.
Romeu e Julieta revelou-se uma obra idiossincrática: dentre as várias modificações no enredo, a última foi a mais bem recebida – no final, quando Romeu quer suicidar-se, Frei Lourenço intervém e tenta tomar seu punhal. Enquanto lutam, Julieta começa a respirar. O palco se enche de personagens e todos começam a dançar.
O balé se tornou um dos mais apreciados do repertório clássico e deu origem a várias suítes.
Prokofiev – Romeu e Julieta: “Julieta jovem” | George Enescu Philharmonic Orchestra, Yuri Botnari (regente)
Prokofiev – Romeu e Julieta: “Dança dos Cavaleiros” | Tugan Sokhiev (regente)