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A maior parte da Sonata em Si Menor foi escrita por Liszt entre 1852-53. Embora alguns esboços da juventude tenham chegado a nós, Liszt não voltou à obra até seu tempo em Weimar. Sua posição como Kapellmeister (Diretor de Música) lhe deu o tempo necessário para se dedicar à composição.
A Sonata é tocada sem interrupção, sendo desenvolvida a partir de um tema composto por dois motivos. O todo, no entanto, revela uma estrutura de quatro movimentos. Liszt marcou na partitura o início do Andante sostenuto e do Allegro energico, deixando algumas linhas em branco antes de cada um; estas seções são identificadas como o movimento lento e o Scherzo.
Dedicada à Robert Schumann, cujas composições para piano Liszt admirava muito, a Sonata era também uma retribuição, pois Schumann tinha lhe dedicado sua Fantasia, Op. 17. Infelizmente, quando a peça com a dedicatória chegou à casa de Schumann, já não o encontrou – ele já estava no asilo onde passaria o resto de sua vida.
A Sonata não foi bem recebida no início. Uma parte das críticas vinha do fato de Liszt pertencer, junto a Wagner, à chamada Nova Escola Alemã, que se opunha à “Antiga”, cujo principal compositor era Brahms.
Clara Schumann disse: “Vou ter que agradecer, mas acho horrível”. Já Wagner, comenta: “A Sonata é inexpressivamente bela; grande, profunda e nobre.”
Hoje em dia, a Sonata em Si Menor é considerada uma das melhores obras do compositor e faz parte do repertório de música clássica.
Liszt – Sonata em Si Menor | Alfred Brendel (piano)