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Ainda muito jovem, Brahms conheceu Joseph Joachim, grande virtuose do violino. Joachim tornou-se amigo e mentor do compositor: foi ele que o apresentou a Robert e Clara Schumann, que viriam a ter um papel importante em sua vida e obra.
Brahms era um grande pianista, mas conhecia pouco do violino. Era natural que recorresse a Joachim para o orientar nos aspectos técnicos do instrumento. Joachim comentou uma versão do Concerto para Violino que Brahms lhe enviou: “É quase tudo tocável e tem mesmo algumas passagens criativas no uso do violino”.
O compositor havia pensado em fazer o concerto em quatro movimentos, mas acabou reduzindo para três.
O Allegro non troppo inicial é uma colaboração entre solista e orquestra. A introdução lenta leva a uma entrada dramática do violino, quase uma cadência em seu estilo, seguida pelo caloroso primeiro tema e sua contrapartida, uma melodia nostálgica. O movimento combina grande intensidade com passagens mais suaves e delicadas.
Embora Brahms, em seu perfeccionismo, tenha descrito o segundo movimento como “um adagio fraco”, este é o movimento preferido de muitos ouvintes. Um solo de oboé apresenta o primeiro tema de imutável tranquilidade. Nas palavras de um crítico francês, “Le hautbois propose, le violon dispose” (o oboé, propõe, o violino dispõe) – o violino ecoa e elabora o tema, traçando arabescos de som.
O Allegro giocoso é cheio de drama e fogo. O tema principal exibe a extraordinária facilidade com que Joachim ataca as passagens mais difíceis do violino, que, combinadas com as da orquestra, criam um som pleno de alegria.
Brahms – Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior, Op. 77 | Maxim Vengerov (violino) e MÁV Symphony Orchestra, de Budapeste, regida por Gábor Takács-Nagy.