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A Cantata BWV 213, “Hércules na Encruzilhada”, foi composta para celebrar o aniversário do príncipe eleitor Christian Friedrich, que completava 11 anos! Ela foi apresentada no dia 5 de setembro de 1733, às 4 horas da tarde, no café Zimmermann, em Leipzig, pelo Collegium Musicum dirigido por Bach.
Sua música foi posteriormente reutilizada no Oratório de Natal (com exceção dos recitativos e do coro final).
O libreto de Picander tinha um caráter pedagógico, pois era dirigido a uma criança. A letra fala de Hércules que, ainda muito jovem, tem de escolher entre o prazer ou a virtude, entre uma vida fácil, mas sem glória, e uma vida difícil, porém cheia de glórias.
Dois grandes coros, com a orquestração caracterizada pela presença de duas trompas e dois oboés, enquadram o “drama para música” com seus seis recitativos e cinco árias – a última delas é um dueto.
Essas árias são do tipo da capo, com exceção da segunda, que é na forma de eco, de grande beleza, com um oboé d’amore e o contralto, este representando o jovem Hércules e seu “eco”.
Na primeira ária (nº. 3), “Aria del sonno”, a voz do soprano representa o prazer, e é acompanhada por uma sedutora estrutura melódica.
A ária do tenor (nº. 7) encarna a virtude, simbolizada por uma fuga, da qual participam também um oboé e um violino.
A ária para contralto (nº. 9 – Hércules) com violinos uníssonos e staccato tem o caráter enérgico exigido pela decisão de recusar as tentações do prazer.
O dueto (nº. 11), que sela a aliança entre Hércules e a virtude, é acompanhado por violas concertantes.
Bach – Cantata BWV 213 | Griet De Geyter (soprano), Alex Potter (contralto), Thomas Hobbs (tenor), Stephan MacLeod (baixo), Marcel Ponseele (oboé) e Il Gardellino regidos por Peter Van Heyghen