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O balé As Estações, do compositor russo Alexander Glazunov (1865-1936), é uma obra pouco conhecida. Em sua estreia, em 1900, foi coreografado por Marius Petipa e estrelado pela primeira bailarina Anna Pavlova.
Concebido como uma alegoria da Natureza e seu eterno ciclo de nascimento, crescimento e repouso, o balé não tem um enredo no sentido convencional, sendo dividido em quatro cenas – “Inverno”, “Primavera”, “Verão” e “Outono” –, cada uma subdividida em episódios.
A última cena, “Outono”, inicia com uma dança rapsódica em homenagem a Baco, reunindo variações para os temas anteriores do “Inverno” e da “Primavera”, além dos temas do “Zéfiro” e do “Pássaro”, da cena do “Verão”. A peça termina com uma apoteose.
Glazunov ocupa uma posição intermediária na música russa, entre a primeira geração de grandes compositores como Rimsky-Korsakov (que foi seu professor), Borodin, Mussorgsky e Tchaikovsky, e a geração que podemos chamar de compositores modernos, como Shostakovich (que foi aluno do Conservatório de São Petersburgo quando Glazunov era diretor), Prokofiev e Stravinsky.
Com suas obras As Estações e Raymonda, o compositor contribuiu para o desenvolvimento da música de balé russa.
A interpretação que ouvimos no podcast é da Royal Philharmonic Orchestra sob a regência de Vladimir Ashkenazy. Ouça no Soundcloud:
No vídeo a seguir, assistiremos a uma montagem com a Orquestra e o Balé do Teatro Mariinsky:
Glazunov – As Estações, Op. 67 | Orquestra e Balé do Teatro Mariinsky