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A convidada de hoje em nossa coluna “Terças Ilustres” é Gioconda Bordon.
Gioconda é jornalista, radialista e programadora musical. Foi diretora da Rádio Cultura FM e apresentadora dos programas Estação Cultura e Manhã Cultura, de 2005 a 2013. Atualmente é diretora artística da Sociedade de Cultura Artística.
Ouça a playlist e leia, a seguir, seu texto de introdução:
Fogo e Cristal. Foi como Jorge Luis Borges descreveu a música de Brahms. Dentre tantas peças de beleza exuberante, escolhi três nas quais acredito que esse contraste esteja evidente.
Brahms quase inicia suas obras direto no tema, toma o ouvinte de imediato, colocando-o em seu mundo musical denso, complexo, e com uma inconfundível nostalgia. Seu lirismo não tem nada de sentimental, sustenta-se com rigor, sem complacência.
A Sonata para Clarinete e Piano, refinada e envolvente, é um bom começo para entrar no mundo intenso do compositor. A Rapsódia para Contralto mostra a riqueza de sua escrita para voz e orquestra. E a Sinfonia nº 1 em Dó Menor é fogo e cristal em toda sua transparência e força. No quarto e último movimento, um solo de trompa chega como um aceno de esperança num horizonte ainda longe, mas possível.