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Cantata BWV 209 - Bach

Bach – Cantata BWV 209

Pouco se sabe da Cantata BWV 209, “Non sa che sia dolore” (Não sabe o que é a dor). O libreto indica tratar-se de uma peça escrita para a despedida de um amigo. Mas quem?

Parece ter sido alguém que não conhecia bem a língua italiana, pois toma versos dos poetas italianos Guarini e Metastasio e os usa fora de contexto, realizando emendas que tornam o texto quase incompreensível. Vejam este primeiro verso:

“Não sabe o que é dor
Aquele que deixa seu amigo e não morre”

Isto parece um exagero sem propósito. O original deve ter sido um poema que chora a perda da amada.

Há dúvidas quanto à autenticidade desta Cantata, se foi realmente composta por Bach, a começar por este texto capenga.

A obra começa com um movimento de concerto para solo de flauta, cordas e continuo.

Na primeira Ária, o soprano e a flauta, esta em extensas passagens em semicolcheias, lamentam a perda daqueles que partiram.

A última ária, que procura expulsar a tristeza, é moderna, com características bem italianas, estilo galante. Por isso, este é, de todos os movimentos, aquele mais duvidoso quanto à autenticidade. No entanto, conclui o musicólogo Alfred Dürr, “o movimento é uma obra-prima no gênero e é uma digna conclusão para uma cantata que, senão muito profunda, é, contudo, cheia de charme e rica em inspiração”.

Bach – Cantata BWV 209 | Miriam Feuersinger (soprano), Coro e Orquestra da Fundação J. S. Bach regidos por Rudolf Lutz

 

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