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O penúltimo dos seis quartetos de Bartók foi composto em 1934. Representa um abrandamento na linguagem de seus quartetos: os sons são menos dissonantes e menos ásperos em relação às peças anteriores.
Como fazia frequentemente, Bartók usa a forma de um “arco”, com um Scherzo central, ladeado por dois movimentos lentos e estes, por sua vez, por dois movimentos rápidos e enérgicos.
No movimento de abertura, enérgico e ritmado, os temas iniciais voltam no final em imagem de espelho, tocados de trás para frente, ou de cabeça para baixo.
Depois de um segundo movimento suave, vem um Scherzo “no estilo búlgaro”, com ritmos fortes, mas desiguais.
O início do quarto movimento é hesitante, com ricas harmonias, especialmente no fim, quando os violinos tocam acordes celestiais sobre passagens rápidas da viola.
O final tem uma furiosa urgência. Quando se espera um clímax, a música para; o que vem em seguida soa como um carrossel desengonçado. O tema é uma variação de outro já ouvido anteriormente. O violino repete esse tema, mas em Si bemol, indiferente ao choque resultante. Os músicos são instruídos a tocar “com indiferença”.
Bartók – Quarteto de Cordas nº 5 | Quarteto Húngaro