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O Concerto para Piano nº. 2 em Si Bemol, Op. 83, escrito em 1881, data do início da maturidade de Brahms, período em que sua fama tinha chegado ao auge em toda a Europa e sua aparência era como a conhecemos hoje – barbudo e corpulento (Brahms dizia que, se raspasse a barba, seria confundido com um ator ou um padre).
São quatro os movimentos do concerto, que inclui um a mais do que o usual – um Scherzo.
O Allegro non troppo inicial abre com um magnífico solo de trompa, que o piano responde com uma graciosa melodia e arpejos, aos quais se segue uma vigorosa cadenza virtuosística, que é contrastada pelo tema da abertura.
Embora Brahms tenha intitulado o segundo movimento de Scherzo, seu andamento Allegro appassionato é o que descreve seu verdadeiro caráter. É o mais dramático e tempestuoso de todos os movimentos da obra.
O movimento lento começa com uma maravilhosa melodia baseada em um solo de violoncelo. Brahms iria depois usá-la em uma de suas melhores canções, Immer leiser wird mein Schlummer (Meu sono está cada vez mais tranquilo).
O final, Allegretto grazioso, caminha naquele ritmo “depressa-mas-não-muito” tão característico de Brahms. Triunfante e feliz, eis aí.
Brahms – Concerto para Piano nº. 2 em Si Bemol, Op. 83 | Yuja Wang (piano) e Filarmônica de Munique regida por Valery Gergiev.