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No verão de 1875, Brahms, então com 42 anos, estava de férias na bela cidade alemã de Ziegelhausen. Ele estava fugindo da luta que a composição de sua primeira sinfonia representou.
Brahms escreveu, nesse período, várias obras, belas e alegres, entre elas, o Quarteto nº3 Op. 67, seu terceiro e último quarteto de cordas.
Eis uma obra que realmente soa como composta por um homem em suas férias de verão. O primeiro e o último movimentos, em particular, têm um ar campestre e ensolarado.
O primeiro movimento lembra o Quarteto “A Caça”, de Mozart (que já apresentamos neste site), e evoca a atmosfera de uma caçada, já logo no início, imitando trompas de caça.
O segundo movimento é um dos mais belos e extraordinários que Brahms escreveu. A abertura suave, em uníssono, leva a uma terna ária para o violino – “o cantor talvez seja jovem, ingênuo, descobrindo seu primeiro amor”, diz um comentarista.
O terceiro movimento apresenta outra história: agitado, indefinível, irrequieto, mas gracioso.
Ao final, volta o clima amável do primeiro movimento. É um tema com variações que tanto lembra o final do Quarteto “A Harpa”, de Beethoven (também já apresentado no site), que parece uma espécie de homenagem. Como no caso de Beethoven, o movimento é mais leve que os três anteriores, que são mais intensos.
Brahms – Quarteto nº 3 em Si Bemol, Op. 67 | Quarteto GoYa Amsterdam