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Assim como Mozart, Brahms era apaixonado pelo som da clarineta.
Assim como Mozart tinha Anton Stadler, Brahms também tinha um amigo que era um grande clarinetista: Richard Mühlfeld.
Brahms já tinha praticamente parado de compor quando conheceu Mühlfeld. Quatro brilhantes obras se seguiram, então: as duas Sonatas para Clarineta e Piano, um Trio e um Quinteto.
As Sonatas para Clarineta e Piano não estão entre suas obras mais profundas, mas sim entre as mais belas, e fazem parte de suas últimas composições (a última é a Opus 122).
O primeiro movimento da Sonata nº 2 é um Allegro Amabile. Seu clima é de despedida: outonal, suave e fluido.
O segundo movimento, Allegro Appassionato, é o último Scherzo que Brahms compôs. É viril e apaixonado, mas, ao mesmo tempo, um tanto reservado.
O último movimento, Andante con Moto – Allegro non troppo, é um tema com variações. Ao tema, tranquilo e fluido, seguem-se variações cada vez mais intrincadas. Um súbito Allegro anuncia a coda, em que clarineta e piano irrompem em um rompante final alegre e afirmativo.