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Brahms - Trio em Dó Maior, Op.87
BrahmsMÚSICA DE CÂMARA

Brahms – Trio em Dó Maior, Op.87

O Trio em Dó Maior, Opus 87, o segundo trio para piano e cordas escrito por Brahms, é uma obra muito densa e séria – mas com belas melodias, como de costume.

A peça foi iniciada em 1880 e concluída em 1882, data da mesma época de seu Concerto para Piano nº 2, com o qual tem afinidades – o piano tem o mesmo tratamento sinfônico do concerto. O violino e o violoncelo tocam em uníssono ou em paralelo, criando uma sonoridade estável no meio da textura.

A obra se inicia com um amplo tema apresentado pelo violino e pelo violoncelo. Há vários outros temas, dos quais quatro são importantes.

A textura é mais simplificada no Andante con Moto que se segue, um tema com cinco variações sobre uma melodia de caráter folclórico magiar (húngaro). O clima geral é de lirismo; só a quarta variação é mais animada. As cordas predominam e o piano quase sempre faz o acompanhamento.

Uma das peculiaridades desta obra é que a mais lírica e “derretida” das melodias aparece no Trio intermediário do Scherzo Presto, e não no Andante. O Scherzo é nervoso e irrequieto. “Se este movimento soa um tanto mendelssohniano”, diz o crítico Donald G. Gíslason, “é um Mendelssohn que tomou Red Bull demais”.

O espirituoso crítico prossegue: “Será que um movimento pode ser jovial e sério ao mesmo tempo?”. Brahms prova que sim na séria, mas agradável sonata-rondó do final. Este é um movimento em que a variedade de temas equilibra seu humor com a impressionante robustez de sua textura.

BrahmsTrio em Dó Maior, Op.87 | Nikolai Lugansky (piano), Leonidas Kavakos (violino) e  Gautier Capuçon (violoncelo)

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