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A Suite Pour le Piano é um salto em relação às obras anteriores de Debussy, como a Suite Begamasque (Clair de Lune), por exemplo. Sua escrita é moderna, brilhante, virtuosística, às vezes sombria.
O Prelúdio apresenta o tema – o piano é aqui usado como instrumento de percussão. O tema retorna mais adiante com acordes em fortíssimo, aos quais se seguem glissandos que Debussy queria que fossem executados “com a mesma rapidez com que D’Artagnan desembainhava sua espada”. No Tempo di cadenza final voltam os glissandos nas duas mãos.
A Sarabanda tinha sido escrita anos antes e foi revisada para ser incluída na Suíte. O compositor anota que ela deve ser tocada: “com uma elegância lenta e solene, assim como um retrato antigo no Louvre”. O crítico Émile Vuillermoz diz que Debussy a interpretava “com a simplicidade fácil de um bom dançarino do século XVI”. Já para a pianista Angela Hewitt, “a Sarabanda soa antiga e moderna ao mesmo tempo”.
A Toccata, final da Suíte, é triunfal, brilhante e muito difícil. Debussy não queria que a velocidade fosse o objetivo final: para ele, a clareza e o rigor eram muito mais importantes.
Debussy – Pour le Piano | Jean-Effam Bavouzet