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Este é o único quarteto que Debussy escreveu. Foi composto em 1893 para seu amigo, o célebre violinista belga Eugene Ysaÿe, que o estreou com o Quarteto Ysaÿe em Paris. Recebido com estranheza pela crítica e pelo público da época, o quarteto se tornou, com o tempo, um dos mais apreciados do repertório do gênero.
O quarteto inteiro se baseia em seu primeiro tema, apresentado logo no início. Sua figura rítmica reaparece de várias maneiras em seus quatro movimentos, assumindo formas, cores e harmonias diferentes a cada aparição.
O primeiro movimento é intitulado Animado e muito decidido. Debussy é considerado por muitos um compositor das meias tintas difusas do impressionismo. Mas quem pensa assim vai ter uma surpresa aqui: “música cortante e poderosa, furiosamente brilhante”, diz um crítico.
O Scherzo é talvez o movimento mais expressivo do quarteto. Uma transformação do tema é apresentada pela viola contra acordes em pizzicato dos outros instrumentos. A recapitulação do movimento, tocada inteiramente em pizzicato, é cheia de energia rítmica, que aos poucos vai se dissolvendo no belo e suave final.
O terceiro movimento, Andantino, docemente expressivo, de tranquila beleza, é frequentemente usado como bis em concertos. Debussy assinala no final do movimento “tão piano quanto possível”.
O final, Muito moderado – Animando pouco a pouco – Muito movimentado e apaixonado, começa devagar, mas gradualmente se acelera. O tema da abertura reaparece em uma variedade de formas e, no fim, volta com toda energia até um poderoso acorde em tom maior na coda.
Debussy – Quarteto de Cordas em Sol Menor, Op. 10 | Quarteto Ebène