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Há certo mistério em torno da criação da Suite Bergamasque. Debussy tinha escrito quatro peças curtas para piano em 1890, mas não as tinha publicado. Quinze anos depois, em 1905, ele retornou à obra, porém agora já era famoso: tinha composto o Prélude à l’après–midi d’un Faune, Pelléas et Mélisande e La Mer.
Na época, parece que um editor o procurou para se aproveitar da fama do compositor e lucrar com a publicação das peças de 1890. Debussy as revisou, então, e as publicou com o título de Suite Bergamasque.
A suíte é dividida em quatro movimentos: Prelúdio, Minueto, Clair de Lune e Passepied. O mais famoso é o terceiro, Clair de Lune, que tem seu título retirado de um poema de Paul Verlaine. Originalmente chamada de Promenade Sentimentale (por sinal o nome de um outro poema de Verlaine), de acordo com alguns críticos, Debussy a teria modificado para refletir mudanças em seu estilo e o poema de Verlaine.
A música merece toda a popularidade que tem. Debussy cria uma atmosfera estática e impressionista com recursos harmônicos dos mais simples.
Vamos ouvir o terceiro movimento da suíte – Clair de Lune – interpretado pelo próprio Debussy, em uma gravação para piano roll:
E, aqui, a Suite Bergamasque completa, tocada pelo pianista Alain Planès:
Debussy – Suite Bergamasque | Alain Planès (piano)