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“Dê uma olhada na Serenata para Instrumentos de Sopro de Dvorák. Acho que você vai gostar tanto quanto eu… Seria difícil descobrir uma impressão de talento criativo tão refrescante e tão encantadora. Peça que a toquem para você; tenho certeza de que os músicos vão gostar de tocá-la!”
(Brahms a seu amigo, o famoso violinista Joseph Joachim. Maio, 1879)
Antonín Dvorák compôs sua Serenata para Instrumentos de Sopro, Violoncelo e Contrabaixo em Ré Menor, Op. 44, em duas semanas, no início de 1878. Nesse período, ele explorava a música folclórica tcheca, utilizando suas descobertas nessa composição e em outras.
A obra parece ter sido influenciada também pelas Danças Húngaras de Brahms, escritas no fim da década de 1860. A influência de Brahms se faz sentir ainda na orquestração da peça, cuja formação inclui pares de oboés, de clarinetas e de fagotes, três trompas, além de violoncelo e contrabaixo, para reforçar os graves.
Em quatro movimentos, a Serenata recorre não apenas à música folclórica, mas também ao estilo clássico em seu primeiro movimento (Moderato, quasi marcia), que, apesar de possuir uma seriedade genuína, também poderia ser considerada uma brincadeira, uma paródia das serenatas de Mozart.
O segundo movimento (Minuetto. Tempo di minuetto) apresenta duas danças tchecas: a Sousedská (Dança do Vizinho), no minueto, e a Furiant, no trio.
O terceiro movimento é um noturno lírico, com um amplo arco melódico sobre o acompanhamento, em contraste com um trio de andamento mais agitado.
Já o movimento final lembra uma polca e, graças ao seu ritmo marcado e à originalidade do tema, conduz a obra a um vibrante clímax.