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Os quartetos de cordas de Haydn do Opus 33, compostos em 1782, formam um conjunto de seis obras (assim como os do Opus 20, escritos dez anos antes).
Foram dedicados ao Grão Duque Paulo da Rússia, o futuro Tzar Paulo II, daí seu apelido de Quartetos Russos, e estreados no dia de Natal no apartamento que a Grã-Duquesa Aria Feodorovna, esposa do Grão Duque e aluna de piano de Haydn, mantinha em Viena.
São obras bem-humoradas, e o Quarteto nº 3 é um dos mais alegres. Tem o apelido de Vogel (Passarinho), talvez por causa de um detalhe na ornamentação na abertura, ou então devido ao duo de violinos no Trio, que veremos adiante.
Ao invés de começar pelo tema, a obra inicia com um acompanhamento. Além disso, o movimento parece estar procurando por uma tonalidade: Dó maior, Ré menor, Sol menor, fixando-se finalmente em Dó maior. O que se segue é um movimento irrequieto, cheio de pausas e volteios.
O Scherzo Allegretto é muito original, em sotto voce, com os instrumentos tocando em registros graves.
No Trio, em contraste, a música está nos registros altos, assemelhando-se a um canto de passarinhos.
Depois de um belo Adagio, vem o Presto final, super agitado e composto por temas que lembram música folclórica da Europa Oriental. Um dos episódios, com repetições furiosas de terças, remete à música turca, enquanto o outro, em tom menor, à música húngara.
Haydn – Quarteto de Cordas em Dó Maior, Op. 33 nº 3 – “O Passarinho” | Quarteto Mosaïques