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Haydn

Haydn – Quartetos Op. 76

Ao longo de quarenta anos, Haydn compôs cerca de 83 quartetos de cordas. Os seis quartetos do Op. 76 estão entre as últimas e mais célebres contribuições do compositor a este gênero musical. Escritos em 1797, são obras tardias e ambiciosas, com formatos inovadores e unidade temática.

O musicólogo norte-americano H.C. Robbins Lando afirma a respeito do conjunto: 

“Anos de experiência haviam dado a Haydn uma técnica formidável, comparável à de J. S. Bach, e esta foi posta em prática nas experiências tonais e formais que conferiram uma nova dimensão e – para o músico profissional – um imenso estímulo à sua arte. De todos os muitos aspectos deste conjunto que merecem atenção, os movimentos lentos (que, em sua profundidade de expressão, vão um passo além até mesmo dos escritos por Mozart) são talvez os que nos impressionam com mais força.”

Quarteto Op. 76 nº. 1 em Sol Maior, Hob. III:75

Com passagens “orquestrais”, o quarteto impressiona por sua ampla gama tonal que inclui frequentes explorações do modo menor, embora esteja escrito em Sol maior.

Takács Quartet

Quarteto Op. 76 nº. 2 em Ré Menor, “Quintas”, Hob. III:76

O quarteto recebeu o apelido de Quinten (Quintas) devido aos intervalos descendentes amplamente espaçados anunciados pelo primeiro violino nos compassos iniciais da peça. O motivo reaparece ao longo do primeiro movimento.

Gagliano quartet

 

Quarteto Op. 76 nº. 3 em Dó Maior, “Imperador”, Hob. III:77 

Seu apelido Kaiser (Imperador) se deve ao conjunto de variações, no segundo movimento, sobre o tema do hino “Deus salve o Imperador Francisco”, que Haydn escreveu para o Imperador Francisco II. Posteriormente, a música se tornou o hino nacional da Áustria-Hungria, além de ser usada no hino nacional alemão, o Deutschlandlied.

Quatuor Akos

 

Quarteto Op. 76 nº. 4 em Si Bemol Maior, “Alvorada”, Hob. III:78

A obra é apelidada de “Alvorada” devido ao tema ascendente do violino sobre os acordes sustentados no início do quarteto.

Dover Quartet

 

Quarteto Op. 76 nº. 5 em Ré Maior, Hob. III:79

É por vezes chamado de “Largo” ou “Quarteto do Cemitério” devido ao seu segundo movimento lento. Frequentemente tocado em funerais, é um lamento melancólico que vai se tornando cada vez mais silencioso até sua conclusão.

Juilliard String Quartet

 

Quarteto Op. 76 nº. 6 em Mi Bemol Maior, Hob. III:80

É também chamado de “Quarteto Fantasia” por não seguir os padrões dos quartetos de cordas da época, incluindo inovações como mudanças de compasso e temas improvisados.

Julia Glenn e Emma Frucht (violinos), Yuchen Lu (viola) e Caroline Stinson (violoncelo)

 

 

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