O “Trio Cigano” faz parte da série de 14 trios que Haydn escreveu entre 1793 e 1797, sendo o último dos três compostos durante a derradeira estadia do compositor em Londres. Estas são suas melhores obras no gênero, muito admiradas pelos estudiosos.
Este é o mais célebre de todos por causa de seu final, um Rondo all’Ongarese, baseado em temas ciganos. O compositor trabalhou durante muitos anos para os príncipes de Esterhazy, cujos palácios em Esterhaza e Eisenstadt ficavam próximos à planície húngara. Consequentemente, Haydn entrou em contato com a música folclórica da região e, assim como Brahms, também gostava da música cigana.
O movimento lento, Andante, que inicia a peça, é um belo conjunto de variações duplas, e segue o padrão da antiga sonata da chiesa (sonata de igreja) da década de 1760.
O segundo, Poco Adagio, é um movimento ainda mais lento, que apresenta a forma A-B-A e tem, na parte central, uma melodia especialmente bonita para o violino.
O uso que Haydn faz dos dois movimentos lentos iniciais intensifica o impacto do brilhante rondó cigano que finaliza o Trio, e o tornou um grande favorito.
Haydn – Trio para Piano e Cordas nº 39 em Sol Maior, Hoboken 15:25 | Gernoth Süssmuth (violino), Jelena Očić (violoncello) e Jose Gallardo (piano).