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A Sinfonia nº 3 de Mahler é curiosa: é a mais longa de todas, com mais de uma hora e meia de duração. Seus recursos orquestrais e corais estão entre os maiores das sinfonias (o que não é pouca coisa na obra do compositor da Sinfonia dos Mil!).
É, por outro lado, a mais alegre e tranquila de todas – Mahler chegou a chamá-la de Sonho de Um Dia de Verão.
O quinto movimento (são seis ao todo) é o mais curto, com pouco mais de quatro minutos de duração. Em um programa que fez para a Sinfonia, depois descartado, Mahler o intitulou O que os Anjos me dizem. Seu texto é proveniente de um livro de poemas folclóricos que o compositor amava e que usou muitas vezes em outras obras: Des Knaben Wunderhorn (A Trompa Mágica da Juventude, em tradução livre).
Assim começa o poema:
“Três anjos estavam cantando uma doce canção,
Que ressoava feliz no céu
E diziam em alto e bom som
Que Pedro tinha sido perdoado de seu pecado.”
(São Pedro tinha renegado três vezes Jesus depois que este tinha sido preso).
O coro de meninos imita o som de sinos, enquanto o coro de mulheres canta a maior parte do texto. A contralto solista assume o papel do pecador arrependido, que encontrou o perdão e a graça de Deus.