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Mendelssohn escreveu os primeiros compassos de sua Sinfonia Escocesa no verão de 1829, no dia em que visitou o Castelo de Holyrood, na Escócia, onde tinha vivido a rainha Maria Stuart.
A exemplo do que fez em outras obras, Mendelssohn quer que os movimentos da Sinfonia sejam tocados sem interrupção.
O primeiro movimento começa com um Andante, que usa o tema composto na Escócia, tocado por melancólicos oboés e violas. O desenvolvimento do tema é encoberto por nuvens e neblina.
O Scherzo é brilhante e, ao mesmo tempo, leve como a brisa, mesmo nos tuttis – magias de Mendelssohn!
No Adagio se alternam uma cantilena, cheia de sentimento, com episódios em forma de marcha – música sombria (para mim é marcha fúnebre). Uma interpretação discutida afirma que este movimento evoca antigas guerras do povo escocês.
O último movimento, Allegro vivacissimo, que Mendelssohn chamou de Allegro Guerriero, contrasta dois temas igualmente guerreiros que lutam um contra outro.
Mais adiante (aos 36:50), Mendelssohn nos reserva uma surpresa: um tema principal, completamente novo, descrito como Allegro maestoso assai, leva ao final. O efeito que isto causa é importante: esta conclusão, poderosa e afirmativa muda nossa percepção da Sinfonia.
Mendelssohn – Sinfonia nº 3 em Lá Menor, Op. 56, “Escocesa” | Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, Kurt Masur (regente)