CONTATO
Entre em contato conosco.
Esse talvez seja o mais conhecido dos concertos para piano e orquestra de Mozart. Possivelmente pelo fato de seu movimento lento ter sido usado na trilha sonora do filme sueco Elvira Madigan, de Bo Widerberg (1967). A partir de então, caiu no gosto popular, sendo objeto de inúmeros arranjos, incluindo um do compositor e maestro argentino Waldo de los Rios.
A Quaresma de 1785 foi um período particularmente ativo para Mozart. Ele apresentou mais de dez recitais e concertos em um período de seis semanas. O concerto do dia 10 de março foi especialmente importante. Dizia seu anúncio:
“Na quinta-feira, 10 de março de 1785, o Kapellmeister Mozart terá a honra de apresentar, no Teatro Real e Imperial, um grande concerto em seu próprio benefício, incluindo um novo e recém-terminado Concerto para Fortepiano a ser interpretado por ele próprio.”
Terminado às pressas (a orquestra estava provavelmente lendo a partitura à primeira vista), o Concerto foi um grande sucesso.
Elvira Madigan (foto do filme)
O primeiro movimento, Allegro, é maior e mais sinfônico do que muitos dos concertos anteriores de Mozart. As principais ideias são apresentadas na abertura: um tema em estilo militar e outro mais suave, tocado pelas madeiras.
O Andante é um dos movimentos mais líricos do compositor. É uma busca pungente e melancólica (que criou o clima perfeito para o filme Elvira Madigan, extremamente romântico, mas também trágico).
Depois da seriedade do primeiro movimento e da emoção agridoce do segundo, o finale, Allegro vivace assai, é um rondó bem humorado. O clima é o da pretensa seriedade de uma ópera-bufa.