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O Concerto nº 27, K.595 é o último concerto para piano e orquestra escrito por Mozart. Foi terminado em janeiro de 1791, menos de um ano antes de sua morte. A obra tem em comum com A Flauta Mágica, cuja composição Mozart iniciaria em seguida, a profundidade de expressão combinada com a simplicidade dos gestos e da retórica musical.
O K.595 tem a dimensão, a textura e o temperamento de uma obra de câmara. Sua orquestração é modesta: cordas, uma flauta e pares de oboés, fagotes e trompas (não há trompetes nem tímpanos). Já o pianista aparece na obra menos como um solista do que como o principal membro de um conjunto.
O Allegro inicial apresenta grande riqueza de ideias melódicas. A música oscila entre tom maior e tom menor, indicando, ainda que sutilmente, um elemento de tristeza oculta.
O piano inicia o Larghetto com uma canção que sugere tranquila resignação, embora a orquestra responda mais adiante com cromatismos pungentes.
O Finale, um Rondó, tem como refrão um tema que foi usado por Mozart na canção que compôs logo em seguida sobre o poema infantil Sehnsucht nach dem Frühling (“Ansiando pela Primavera”), K.596.
Mozart – Concerto para Piano e Orquestra nº 27 em Si Bemol Maior, K.595 | Emil Gilels (piano) e Orquestra Gewandhaus de Leipzig, Kurt Masur (regente)