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Os cinco trios para piano e cordas compostos por Mozart entre 1786 e 1788 são todos como seus concertos: apresentam três movimentos nos quais o piano tem o papel principal.
O primeiro destes, Trio K. 502, de 1786, é particularmente semelhante a um concerto na escrita brilhante do piano. Demonstra também a nova independência do violino e do violoncelo – antes meros acompanhantes.
O Allegro inicial é marcado por uma extrema economia de meios. O movimento inteiro deriva do diálogo inicial entre o piano e as cordas. O tema de abertura serve também – o que é pouco usual – como segundo tema, orquestrado de maneira diferente e em um registro mais alto.
O segundo movimento, Larghetto, é um derramamento lírico de uma melodia muito decorada, estruturada como um diálogo entre piano e violino. A parte central é mais simples, pois, embora parta do mesmo gesto, apresenta uma construção mais ingênua.
O Allegretto é um rondó gentil e jocoso. O clima é sempre de alto astral e o piano tem de trabalhar bastante para manter a textura brilhante e colorida.
Mozart – Trio para Piano e Cordas em Si Bemol, K. 502 | Trio Fontenay