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Um dos pontos altos dos concertos de Mozart eram suas improvisações ao piano. Ele era muito famoso neste campo. Mozart tocou as Variações sobre “Unser dummer Pöbel meint” K.455 pela primeira vez no Burgtheater, em 23 de março de 1783.
Em uma carta a seu pai, datada de 29 de março, ele relaciona o programa inteiro (que é enorme – talvez três horas de música) e comenta:
“Eu toquei variações sobre uma ária da ópera Die Philosophen, de Paisiello. O público pediu um bis. Eu então toquei variações sobre a ária Unser dummer Pöbel meint (Nossa plebe ignara opina), da ópera Die Pilgrime von Mekka (Os peregrinos de Meca), de Gluck.”
É provável que Gluck estivesse presente no concerto. Ele tinha recebido o casal Mozart para jantar no fim de semana anterior. Esta teria sido então uma maneira que o compositor encontrara de agradecer a hospitalidade de seu famoso colega.
Não se sabe se Mozart registrou essas variações por escrito na época, mas ele só as incluiu em seu catálogo temático quase 18 meses depois, o que sugere que ele tenha continuado a usá-las em seus concertos.
O tema é uma melodia simples, um Allegretto. Mas algumas variações são demandantes. A última delas inclui uma cadenza.
Mozart – Variações para piano sobre “Unser dummer Pöbel meint”, K.455 | Mayuko Obuchi (piano)