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O Concerto para Dois Pianos, de Francis Poulenc, foi encomendado pela Princesa Edmond de Polignac (“Winnie” Singer), norte-americana, herdeira de Isaac Singer (das máquinas de costura Singer) e socialite, casada com um nobre francês que também atuava como compositor amador.
Ela solicitou a Poulenc que compusesse um concerto para dois pianos. Assim, ele e o pianista Jacques Février, seu amigo de infância, teriam algo para tocar em conjunto.
No Concerto, Poulenc procura recriar a atmosfera do elegante Salon da Princesa. A peça é uma obra de transição, combinando o humor travesso da juventude com a crescente vulnerabilidade da fase madura do compositor.
A estreia deu-se em 5 de setembro de 1935, na Sociedade Internacional de Música Contemporânea, em Veneza. Poulenc e Février tocaram juntos, como solistas, acompanhados pela Orquestra do La Scala de Milão.
“O primeiro movimento (Allegro ma non troppo) tem uma exposição e recapitulação em forma sonata, entremeadas por pedaços de canções populares (como croutons em uma salada), que complementam os temas animados do compositor. A seção central, lenta e lânguida, substitui o desenvolvimento antes que Poulenc volte aos boulevards e às boîtes.” (Roger Dettmer, crítico musical).
Poulenc afirmou que a seção final, suave e ondulante, foi inspirada pela música gamelan de Bali que havia ouvido durante a Exposição Colonial de Paris em 1931.
Felizmente, temos um registro histórico de Francis Poulenc e Jacques Février acompanhados pela Orquestra Nacional da Rádio e Televisão Francesa, sob a regência de George Prêtre:
– 1º Movimento
– 2º Movimento
– 3º Movimento
A seguir, assistiremos a uma outra interpretação do Concerto para Dois Pianos, com os pianistas Lukas e Arthur Jussen à frente da Orquestra do Real Concertgebouw, regida por Stéphane Denève:
– 1º Movimento
– 2º Movimento
– 3º Movimento