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A Dança Macabra é a obra orquestral mais executada de Saint-Saëns. Não foi, no entanto, originalmente composta para orquestra. O compositor a adaptou de uma canção para voz e piano sobre um poema de Henri Casaleis.
O poema descreve uma lenda medieval segundo a qual, na noite de 31 de outubro (dia das bruxas), a Morte ou o Diabo tem o poder de tirar os defuntos de seus túmulos e fazê-los dançar até o amanhecer. É uma história de terror, mas Saint-Saëns lhe dá um tom leve, quase cômico.
A história começa com o relógio que bate à meia noite – a harpa repete 12 vezes a mesma nota. O diabo afina então seu violino e começa a tocar uma valsa. Um segundo tema, no xilofone, evoca a trupe de esqueletos e fantasmas que dança (é possível ouvir os ossos batendo uns contra os outros). A festa fica cada vez mais animada até que, com o cantar do galo, todos se dispersam e desaparecem. O diabo se despede com uma melodia triste e volta para o inferno até o ano seguinte.
Tempos depois, Saint-Saëns adaptou parte da música da Dança Macabra para o movimento Fósseis de sua suíte humorística O Carnaval dos Animais. O xilofone e o violino são novamente os instrumentos mais proeminentes, alternando-se com a clarineta e os pianos.
Saint-Saëns – Dança Macabra | Orquestra Sinfônica de Montreal sob a regência de Kent Nagano; Adrew Wan (violino).