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Erlkönig (Rei dos Elfos) é uma das canções mais famosas de Schubert. Reconhecendo-a como uma de suas melhores realizações, ele a fez, orgulhoso, seu Opus 1 – embora já tivesse composto muitas obras. A canção foi composta em 1815 e se baseia no poema homônimo escrito por Goethe, em 1782.
Um menino enfermo está sendo levado para casa por seu pai, em uma louca cavalgada noturna. O menino vê e ouve seres que seu pai não percebe. Ele dá ao filho explicações realistas: um sopro de fumaça, folhas que se roçam ao vento e reflexos de luz nos salgueiros. Finalmente o menino grita – foi atacado. O pai tenta ir mais depressa, mas, quando chega em casa, vê que o filho está morto:
“In seinen Armen das Kind war tot”
(Em seus braços o menino está morto)
Este final, cantado em sotto voce, é de uma tremenda dramaticidade e emoção.
Erlkönig tem quatro personagens: o pai, o filho, o Rei dos Elfos e o narrador. Schubert dá a cada personagem características próprias: nuances na altura da voz (mais grave, mais alta) e ritmos diferentes nas falas. (Há ainda um quinto personagem: o cavalo, sobre o qual vamos falar mais adiante).
A peça é de execução extremamente difícil por causa da caracterização vocal exigida do cantor e também do acompanhamento, envolvendo acordes e oitavas repetidos rapidamente para criar o clima de urgência do poema.
Vamos ouvir duas versões da canção, a primeira com a soprano Jessye Norman e a segunda com o barítono Dietrich Fischer-Dieskau:
Schubert – Erlkönig | Jessye Norman (soprano)
Schubert – Erlkönig | Dietrich Fischer-Dieskau (barítono) e Gerald Moore (piano)