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Schubert compôs seus oito Impromptus em 1827. Porém as quatro últimas peças, finalmente designadas de Op. 142, só foram publicadas em 1838 por Diabelli, que lhes deu o nome de Impromptus.
No entanto o termo Impromptu não se aplica aqui, pois estas obras não são improvisações. Cada peça explora um clima de poesia tonal definido no início.
A estrutura do primeiro Impromptu combina elementos de sonata e rondó. Emocionalmente, vai da sombria melancolia da abertura a passagens muito excitadas mais adiante. As características flutuações entre tom maior e tom menor estão em evidência aqui também.
O segundo tem a forma de Minueto e Trio. A música lembra muito o clima, o andamento, o perfil melódico e as progressões harmônicas da abertura da Sonata Op. 26 de Beethoven, na mesma tonalidade (Lá bemol maior).
O terceiro é um tema com cinco variações. Schubert toma emprestado o tema idílico e encantador de sua música incidental da peça Rosamunde, Princesa de Chipre. Ele também usa este tema no Quarteto nº 13, D. 804, Rosamunde.
O Impromptu final agrada muito com seu ritmo jocoso, seu clima de dança e passagens virtuosísticas. Perto do fim, surge uma nota de mistério velado, mas isto se resolve no ritmo furioso do final.
Schubert – Impromptus, Op. 142, D. 935 | Alfred Brendel (piano)
Referência: Donald Gislason & Robert Markow – Notas de Programa