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Zueignung é impulsiva e brilhante. Um homem agradece à sua amada por tê-lo salvado de um grande mal. A ambiguidade deliberada do texto não permite ir mais longe.
É difícil encontrar no repertório do Lied um exemplo similar de concentração dramática: em três breves estrofes de intensidade crescente, conta-se uma história de redenção e gratidão cujo ponto culminante está na palavra heilige (santo, sagrado).
Primeira canção escrita por Richard Strauss (1864-1949) – e uma de suas mais queridas –, Zueignung foi publicada em 1887. Inicialmente composta para voz e piano, ganhou depois uma versão orquestrada em 1940. Strauss musicou o poema Habe Dank (Eu te agradeço), de Hermann von Gilm.
O título Zueignung foi dado pelo próprio compositor. O poema é uma ode ao amor. Ele começa descrevendo o tormento da ausência, mas termina exaltado, demonstrando como o amor pode transformar a vida de uma pessoa.
As três estrofes, muito semelhantes, possuem o mesmo refrão breve, “Habe dank”.
Eis uma tradução livre da última estrofe:
“Tu baniste os maus espíritos
Até que eu, como nunca antes
Abençoado, mergulhei em teu coração,
Eu te agradeço.”
Vamos ouvir duas interpretações, uma com a mezzo soprano Jessye Norman e a outra com o tenor Ben Heppner:
Strauss – Zueignung, Op.10 nº. 1 | Jessye Norman (mezzo soprano)
Strauss – Zueignung, Op.10 nº. 1 | Ben Heppner (tenor) e Orquestra Filarmônica de Berlim regida por James Levine