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Os quartetos da segunda fase de Beethoven, que começam com os três do Opus 59, mostraram-se difíceis para a audiência desde o início. A exceção é o encantador Quarteto nº 10 “A Harpa”. Sua música é cheia de graça e composta com extrema maestria técnica.
Ele deve seu apelido às passagens em pizzicato, ou seja, dedilhadas como em uma harpa, que aparecem logo no início do Allegro do primeiro movimento.
Os dois principais motivos desse movimento são esse, em pizzicato, e uma melodia lírica.
Esses motivos parecem não ter relação entre si. Somente nos últimos cinquenta compassos o ouvinte descobre que a verdadeira intenção de Beethoven é de que sejam tocados simultaneamente e em contraposição a uma exibição esquizofrênica do primeiro violino. Essa é uma passagem extremamente brilhante, de total domínio técnico, simplesmente genial.