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Bach – Suítes para Violoncelo Solo

Bach compôs suas seis Suítes para Violoncelo Solo por volta de 1720, durante o período em que viveu em Köthen (1717-23).

O príncipe Leopold Anhalt-Köthen era, na época, um entusiástico patrono das artes. Todavia sua corte era calvinista, o que significava, entre outras coisas, que não se podia tocar música figurada nas igrejas. Bach concentrou-se, então, em escrever música instrumental para fins profanos.

Muitas de suas melhores obras no gênero datam deste período. É o caso, por exemplo, dos Concertos de Brandenburgo, do Cravo Bem Temperado, das Suítes Francesas e Inglesas, das Sonatas e Partitas para Violino Solo e das Suítes para Violoncelo Solo.

As Suítes para Violoncelo foram as primeiras obras significativas para o instrumento. Na verdade, nenhum outro compositor havia escrito uma música tão rica e complexa para o violoncelo até então.

É bem conhecido o paradoxo de que as peças são polifonia para um instrumento só. De difícil execução, há nelas sempre várias vozes explícitas e implícitas, não somente a melodia, mas também a harmonia e o contraponto.

Pablo Casals, seu primeiro e principal intérprete, comenta: “É fantástico pensar que, com uma nota depois da outra, possa haver melodia, as vozes centrais e o baixo. Maravilhosa polifonia!… Cabe a nós dar expressão a cada voz”. E, complementa: “A primeira coisa que precisamos entender quando tocamos as Suítes é que, como nas Partitas para violino e para teclado, é o Prelúdio que define o caráter da obra toda”.

János Starker, outro grande violoncelista, ressalta a importância do papel do ouvinte: “São obras para dois intérpretes, o executante e o ouvinte, que deve completar mentalmente a polifonia sugerida por Bach”.

As Suítes foram transcritas para vários instrumentos, como alaúde, guitarra e flauta, entre outros.

versões

Vamos mostrar a seguir duas versões do Prelúdio da Suíte nº 1 Para Violoncelo em Sol maior, BWV 1007:

– a primeira, para viola da spalla (um pequeno violoncelo que se leva em procissões, preso por uma correia ao ombro), interpretada por Sigiswald Kuijken:

– a segunda, para contrabaixo, tocada por Jeff Bradetich:

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