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Há uma série de equívocos e mal entendidos sobre os poemas sinfônicos de Franz Liszt (1811-1886). Ele foi o criador do nome Sinfonische Dichtung (Poema Sinfônico), em 1854, para designar música relacionada à literatura ou à pintura.
Mas não foi Liszt que inventou o conceito musical, que já aparecia nas aberturas dramáticas de Beethoven, como Egmont e Coriolano. A rigor, pode-se dizer que a ideia é ainda mais antiga: As Quatro Estações de Vivaldi seriam um exemplo. Vivaldi escreveu um soneto para cada uma delas.
O título da peça refere-se a um texto do poeta francês Alphonse de Lamartine: “O que é a vida senão uma série de prelúdios àquele hino desconhecido, cuja solene primeira nota é entoada pela morte?”
O sentido destas palavras levou gerações de críticos a traçar paralelos errôneos entre o poema e trechos da música de Liszt: isto porque a inspiração da peça não veio do texto de Lamartine. A obra tinha sido escrita anos atrás e estreada como a Abertura de Quatro Elementos, que é baseada em outra fonte. Liszt retrabalhou esta abertura e selecionou as palavras de Lamartine como mais adequadas para seu programa – seu sentido extramusical.
Os Prelúdios é o terceiro e mais conhecido dos 13 poemas sinfônicos de Liszt, ora majestoso, ora reflexivo ou marcial.
A obra se divide nas seguintes partes:
Liszt – Les Préludes (Os Prelúdios) | Orquestra Filarmônica e Ópera do Estado de Berlim, Daniel Barenboim (regente)