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Os dois concertos para piano e orquestra de Mozart do início de 1785 podem ser considerados como um par: o primeiro, Concerto nº 20, caracterizado pela turbulência do tom menor, precede o outro, Concerto nº 21, que flutua na serenidade do tom maior.
Mas a situação não é tão simples assim:
– antes do Concerto em Ré Menor mergulhar no júbilo do tom maior do final, o romance central vive uma crise de identidade;
– o movimento equivalente no Concerto em Dó Maior não é menos ambíguo: seu Andante começa com as cordas altas em surdina e as cordas graves em pizzicato, para subitamente mudar. A música fica em suspense até o piano quebrar o silêncio com um tema familiar, mas em uma tonalidade estranha;
O pianista Leif Ove Andsnes comenta sobre os dois concertos para piano e orquestra de Mozart: “Aqui temos teatro, na verdade: há histórias estranhas e lágrimas de crocodilo. O universo emocional é sempre ambíguo. As coisas que nos contam são sempre diferentes.”
Mozart – Concerto nº 20 em Ré Menor, K. 466 | Martha Argerich (piano), New Japan Philharmonic, com Christian Arming (regente)
Mozart – Concerto nº 21 em Dó Maior, K. 467 | Maurizio Pollini (piano), Orchestra Filarmonica della Scala, com Riccardo Muti (regente)
Saiba mais sobre os Concertos nº 20 e nº 21 de Mozart:
Mozart – Concerto nº 20 para Piano e Orquestra em Ré Menor, K.466