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As seis sonatas para violino e piano de Händel apareceram em várias edições em Londres e Amsterdã, nas décadas de 1720 e 1730. Em alguns casos surgiram problemas de autenticidade, porém na Sonata em Ré Maior temos o manuscrito original.
A Sonata em Ré Maior é uma das melhores obras de câmara de Händel. Ficou famosa por gravações de grandes violinistas, como Joseph Szigeti, Jascha Heifetz e Isaac Stern, entre vários outros.
A peça possui quatro movimentos: lento-rápido-lento-rápido, no modelo da sonata da chiesa italiana.
O primeiro movimento é chamado Affetuoso em algumas edições; em outras, é marcado simplesmente como Adagio. De seu início dissonante, Händel constrói um longo movimento lento, de grande dignidade.
O segundo movimento em forma de fuga, marcado Allegro, parece acelerar enquanto progride. Händel diminui a duração das notas: de meia nota a uma oitava, a uma décima sexta, depois trinados e mordentes. O tempo parece acelerar, embora a execução seja perfeita.
O Larghetto, em Si menor, tem um caráter sombrio e cerimonial. A linha melódica do violino se alça sobre o acompanhamento constante do piano.
O Allegro final é levado adiante pela energia de seus ritmos rápidos e notas breves.
“Händel, como de costume, vai reaproveitar a melodia desta sonata: ele gostava muito dos dois Allegros da peça e voltou a eles, décadas depois, adaptando-os para música orquestral. O segundo movimento se tornou a base para a dupla fuga coral que abre o segundo ato de Solomon (1749), enquanto o final se tornou a sinfonia do terceiro ato, cena I de Jephtha (1751).” (Eric Bromberger)
Händel – Sonata para Violino e Piano em Ré Maior, HWV 371 | Maxim Vengerov (violino) e Patrice Lare (piano)