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A Sonata para Piano nº. 21 em Dó Menor, Op. 53, é conhecida na França, em Portugal e no Brasil como “Sonata Aurora”, um nome bem mais bonito e sugestivo do que seu apelido internacional “Waldstein”, dedicado ao Conde Waldstein, um patrono de Beethoven.
Esta Sonata apresenta uma visão inteiramente nova, afirma o pianista Paul Badura-Skoda:
“O tema principal do primeiro movimento não ‘acontece’ em melodia, mas sim em ritmo e harmonia. O anda-e-para e o deslizar para cima e para baixo das harmonias prenuncia as técnicas de desenvolvimento que Beethoven vai adotar mais adiante.”
Apesar da grande energia da música, é notável o quanto da Sonata é marcado pp (pianíssimo), criando uma sensação de energia latente que, depois, vai explodir com frequência.
Para o segundo movimento, Beethoven havia composto inicialmente um belo e sereno Andante; porém a peça ficou longa e o trecho “quebrava” o pique dos dois movimentos rápidos. Ele o substituiu então por uma extraordinária introdução marcada Adagio molto, misteriosa e harmonicamente ousada.
O último movimento é um Rondó que tem a mesma energia do primeiro movimento. O refrão se alterna com episódios intermediários e é continuamente transformado em variações cada vez mais brilhantes e ornamentadas. A Sonata chega então a seu glorioso final, um prestíssimo extremamente virtuosístico.
Ouça a seguir o podcast sobre a obra e assista ao vídeo, na sequência, com a interpretação do pianista Claudio Arrau.
Também já apresentamos a obra com o pianista Igor Levit, aqui:
Igor Levit no Castelo Bellevue | Beethoven – Sonata nº 21, Op. 53