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Introdução aos Concertos de Brandenburgo
Em 1721, Bach reuniu em uma encadernação de luxo seis concertos para diversos instrumentos e os ofereceu, com uma elaborada dedicatória em francês, ao margrave de Brandenburgo.
O compositor estava buscando uma colocação, porque seu empregador, na época, o príncipe de Anhalt-Köthen, tinha se casado havia pouco tempo, e sua nova esposa era avessa à música. Bach se referia a ela como a “Amusa” ou “antimusa”.
No entanto, sua expectativa de emprego foi frustrada: ao que tudo indica, o margrave nem sequer ouviu os concertos. Por isso, a coleção permaneceu na biblioteca dele até sua morte, em 1734, quando foi vendida, ainda fechada na embalagem, por uma quantia equivalente, em moeda de hoje, a cerca de 30 reais.
Christoph Wolff diz que essa coleção de obras reúne o mais amplo espectro de instrumentos, em ousadas combinações. Hoje é considerada o apogeu, a suma da música instrumental barroca.
Concerto nº1
O Brandenburgo nº 1 é o único concerto verdadeiramente orquestral da coleção.
Os solistas são um violino piccolo, duas trompas de caça e três oboés. Todos participam ativamente do impetuoso e turbulento movimento de abertura, que é apimentado pelos ritmos cruzados das trompas de caça.
No magnífico Adagio, o primeiro oboé e o violino piccolo fazem um dueto lírico e intenso. Diz um comentarista: “aqui se respira o ar rarefeito das grandes cantatas místicas de Weimar. Cada momento é investido da mais profunda expressividade”.
O Rondó seguinte parece um final alegre e travesso.
Mas Bach nos reserva uma surpresa: uma minissuíte. Um minueto que faz três aparições, intercaladas por:
– Trio I, para dois oboés e fagote
– Polonaise, para os violinos e violas, ma piano
– Trio II, para duas trompas e três oboés
Eis uma bela exibição da paleta de cores da orquestra barroca.
Bach – Concerto de Brandenburgo nº 1, em Fá Maior, BWV 1046 – Claudio Abbado rege a Orquestra Mozart