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Um exemplo interessante da presença do Oboé na obra de Bach é o do Concerto para Oboé e Cordas em Fá Maior, BWV 1053r (r= reconstruído).
Bach compôs o Concerto para Cravo, BWV 1053, nos últimos anos de sua carreira – a peça, hoje, é considerada o retrabalho do Concerto para Oboé. Para reconstruir esse concerto foi preciso recorrer ao Concerto para Cravo citado e a duas Cantatas que datam de 1726.
O material do primeiro movimento é usado na Sinfonia da Cantata BWV 169 (Gott soll allein), utilizando a linha superior do solo de órgão, que se torna o solo de oboé.
O Siciliano, segundo movimento, recorre à mesma Cantata e é típico da natureza lírica do oboé, muito semelhante à voz humana.
Para o último movimento, a referência é a Cantata BWV 49, Ich geh’ und suche mit Verlangen (Eu vou adiante e busco ansioso). O final da cantata fala de felicidade e da alegria do amor. Bach retrata esse sentimento no concerto: o oboé desliza sobre a turbulência das cordas, uma interação de energia e alegria, refletindo o espírito da cantata.
Bach – Concerto para Oboé e Cordas em Fá Maior, BWV 1053r | David Dickey (oboé barroco), Bálint Karosi (contínuo e regência)