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O crítico musical D. Kern Holoman não poupa elogios à Sinfonia nº 2 de Brahms:
“As lindas melodias, o incomparável trabalho nos solos dos instrumentos de sopro e dos metais – o glorioso solo de trompa no fim do primeiro movimento –, o engenho da arquitetura que sucede o longo e misterioso segundo movimento com um breve e suave terceiro: todas estas coisas tornam a Segunda Sinfonia perfeita.”
A Sinfonia nº 2 era a favorita de Brahms. É a mais alegre e otimista das obras da maturidade do compositor – tanto assim que é chamada de Pastoral.
O primeiro movimento, Allegro non troppo, começa com três notas nos violoncelos e nos contrabaixos, motivo que se repete em vários formatos ao longo do movimento. Segue-se um tema pastoral apresentado pelas trompas, seguidas das madeiras. A esses dois temas, soma-se mais um, suave, que também é desenvolvido ao longo de todo o movimento. Uma coda tranquila apresenta um solo para trompa extraordinariamente expressivo, seguido de uma reapresentação do tema principal.
O segundo movimento, Adagio non tropo, também faz uso de três temas. Os dois primeiros são simultâneos: um descendente nos violoncelos, outro ascendente nos fagotes. O terceiro tema, sincopado, apresentado pelas madeiras, é mais leve.
O terceiro movimento, Allegretto grazioso (quasi andantino), é um Intermezzo, em vez do usual Scherzo. O primeiro tema é apresentado pelo oboé, com acompanhamento de pizzicato. Seguem-se dois Trios.
O movimento final, Allegro con spirito, começa com uma melodia tranquila e transparente nas cordas. Depois de repetições nas madeiras, segue-se uma triunfante apresentação do tema pela orquestra inteira que domina a textura até o fim. Os últimos compassos culminam em um acorde fortíssimo tocado pelos trombones.
Brahms – Sinfonia nº 2 em Ré Maior, Op. 73 | Bayerische Staatsorchester, Carlos Kleiber (regente)