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Chopin – Estudos, Opus 10

Um estudo é definido, em parte, como uma peça destinada a ajudar um aluno no desenvolvimento de sua técnica. Chopin compôs dois conjuntos de estudos de 12 peças cada um: o Opus 10, em 1833, e o Opus 25, em 1837.

Ainda hoje, os Estudos de Chopin são considerados como a base da técnica moderna do piano. Como afirmou o pianista Garrick Ohlsson, “Se você consegue tocar os Estudos de Chopin, não há praticamente nada que você não consiga tocar no repertório moderno”.

Cada estudo apresenta um problema específico para o pianista, abordado, porém, de modo a transcender seu objetivo pedagógico. Cada um é uma refinada peça romântica – além de suas exigências técnicas, Chopin fez deles poemas sonoros. 

Os Estudos Op. 10 foram dedicados a Liszt, e vários deles possuem apelidos. É difícil escolher qual deles destacar, mas comentaremos alguns a seguir:

– Estudo nº. 1 em Dó Maior, “La cascade” – Cachoeira: o estudo começa com arpejos para a mão direita que chamam logo a atenção e percorrem o teclado, demandando grande flexibilidade do pulso. Mesmo neste difícil contexto técnico, Chopin desenvolve uma descoberta harmônica; 

– Estudo nº. 2 em Lá Menor, “Chromatique” – Cromático;

– Estudo nº. 3 em Mi Maior, “Tristesse” – Tristeza: Chopin dizia nunca ter escrito uma melodia tão bela quanto a deste estudo;

– Estudo nº. 4 em Dó Sustenido Menor, “Torrent” – Torrente;

– Estudo nº. 5 em Sol Bemol Maior, “La negresse” – Teclas pretas: este famoso estudo tem tercinas pentatônicas na mão direita executadas apenas nas teclas pretas do piano. O efeito deve ter parecido exótico para o público da época;

– Estudo nº. 6 em Mi Bemol Menor – Lamento: quase um noturno, “o tempo fica parado durante seus poucos minutos, em que Chopin transmite sentimentos para os quais não há palavras”, afirmou um comentarista;

– Estudo nº. 7 em Dó Maior, “Toccata”;

– Estudo nº. 8 em Fá Maior, “Sunshine” – Luz do Sol: a maior dificuldade deste estudo está nas rápidas ornamentações da mão direita;

– Estudo nº. 9 em Fá Menor: em tom menor, este estudo tem um caráter apaixonado;

– Estudo nº. 10 em Lá Bemol Maior;

– Estudo nº. 11 em Mi Bemol Maior, “Aux arpèges” – Arpejo; 

– Estudo nº. 12 em Dó Menor, “La revolutionnaire” – Revolucionário: o estudo que encerra o ciclo é dramático e marcial e foi supostamente inspirado na invasão da Polônia pelos russos. “Seus motivos rítmicos apaixonados”, diz o grande pianista Alfred Cortot, “exprimem uma revolta animada por uma força terrível e misteriosa.”

Chopin – Estudos Op. 10 | Jan Lisiecki (piano)

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