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Chopin – Estudos Opus 25

Os Estudos Op. 25 de Chopin foram publicados em 1837, 14 anos depois dos Estudos Op. 10. Este segundo conjunto de 12 peças é considerado tecnicamente e musicalmente mais sofisticado do que o primeiro. Assim como no primeiro, cada peça possui um apelido:

Nº. 1 em Lá Bemol Maior, “Aeolian Harp” (Harpa eólica)

Nº. 2 em Fá Menor, “Les abeilles” (As abelhas) 

Nº. 3 em Fá Maior, “Le cavalier” (O cavaleiro) 

Nº. 4 em Lá Menor, “Paganini” 

Nº. 5 em Mi Menor, “La fausse note” (Nota errada) 

Nº. 6 em Sol Sustenido Menor, “Aux tierces” (Terças) 

Nº. 7 em Dó Sustenido Menor, “Au violoncelle” (Violoncelo) 

Nº. 8 em Ré Bemol Maior, “Aux sixtes” (Sextas) 

Nº. 9 em Sol Bemol Maior, “Le papillon” (A borboleta)

Nº. 10 em Si Menor, “Aux octaves” (Oitavas) 

Nº. 11 em Lá Menor, “Le vent d’hiver” (Vento de inverno) 

Nº. 12 em Dó Menor, “L’océan” (Oceano)

 

É difícil escolher sobre quais estudos comentar, mas vamos tentar eleger alguns:

 

– O primeiro, “Harpa eólica”, é como um turbilhão de notas que o vento sopra na harpa: o pianista deve alcançar a mais pura das ondulações que servirá como pano de fundo para a melodia ser moldada e atingir seu clímax, para depois cair gradualmente;

 

– O segundo, “As abelhas”, possui tercinas ondulantes na mão direita e também na esquerda, mas os dois ritmos não coincidem exatamente. O desafio para o pianista é tocar sem que as mãos se encaixem ritmicamente;

 

– O quinto, “Nota errada”, é o estudo “manco”: a cada ataque da mão direita está colada uma inflexão cromática, distante um semitom, o que cria um efeito de desequilíbrio;

 

– O sétimo, “Violoncelo”, é lento e lírico e remete a um trio de câmara: a mão esquerda representa o “violoncelo”, que faz um dueto com a melodia da “flauta”, enquanto um acompanhamento em acordes suaves ocupa o espaço entre os dois instrumentos imaginários. Este é um dos poucos estudos nos quais a mão esquerda é mais difícil que a direita;

 

– Os quatro últimos estudos estão entre os mais conhecidos de Chopin. O nono, “A borboleta”, é o mais curto deles, durando menos que um minuto. Com suas oitavas sussurrantes, a peça requer muita destreza e precisão da mão direita do pianista;

 

– Já no Estudo nº. 10 as oitavas são magistrais;

 

– O nº. 11, conhecido como “Vento de inverno”, é um dos mais difíceis e considerado como sucessor e paralelo do Estudo nº 12, Op. 10, o “Estudo revolucionário”. Aqui, porém, as funções das mãos se invertem. À mão esquerda compete o tema, uma marcha sombria e solene, enquanto a direita desliza frenética por todo o teclado, criando um contraponto dramático.

 

– O último estudo, “Oceano”, recebe este apelido devido às figurações ondulantes que dominam a peça.

 

Vamos ouvir duas interpretações do ciclo, a primeira com o pianista Daniil Trifonov, e outra por um misterioso pianista, que toca as teclas de um piano iluminado:

 

Chopin – Estudos Op. 25 | Daniil Trifonov (piano)

 

 

Chopin – Estudos Op. 25 | “Traum Piano” (interpretação iluminada)

 

 

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Chopin – Estudos, Op. 25 | Daniil Trifonov (piano)