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Liszt começou a trabalhar na Totentanz (Dança Macabra; Dança da Morte) em 1838, mas só a considerou concluída em 1849 – embora a obra ainda tenha recebido revisões no fim da década de 1850. Esta longa gestação não era incomum em Liszt.
A Europa Medieval era obcecada com tudo relativo à morte, e a Era Romântica era obcecada com tudo relativo à Europa Medieval. No caso de Liszt, obras como Totentanz, Funérailles, La lugubre gondola e Pensée des morts mostram a fascinação do compositor com a morte.
A base temática de Totentanz é o cantochão medieval Dies Irae (Dia da Ira). Na Missa de Réquiem, refere-se ao dia do Juízo Final. Outros compositores, entre os quais Haydn, Berlioz, Saint-Saëns, Brahms e Mahler também usaram o tema.
Totentanz consiste em um tema com variações para piano e orquestra. As variações têm algumas passagens que aludem ao cantochão, mas são predominantemente virtuosísticas e modernas, destacando o caráter percussivo do piano.
Alguns críticos mencionam a semelhança da abertura de Totentanz com a da Sonata para Dois Pianos e Percussão, de Bartók, composta quase cem anos depois. Talvez não seja um acaso, já que Bartók tocava frequentemente a Totentanz.
Liszt – Totentanz: Paráfrase do Dies Irae | Denis Matsuev (piano) e Orquestra Filarmônica de St. Petersburgo, regida por Zoltan Kocsis